terça-feira, 8 de dezembro de 2020

O Segredo de Rose Gold: Resenha do Livro de Suspense de Stephanie Wrobel

O Segredo de Rose Gold, livro de suspense de Stephanie Wrobel
Em O Segredo de Rose Gold, acompanhamos a história de uma mãe, Patty, uma mulher com Síndrome de Munchausen por procuração, e sua filha Rose Gold, que foi vítima de sua mãe por 18 anos.

Para quem não conhece, a Síndrome de Munchausen por procuração faz com que uma pessoa que zela por alguém, finja uma doença na pessoa que ela cuida, para obter a atenção e solidariedade da comunidade e dos médicos. Ela pode alterar laudos, e até causar os sintomas de uma doença nessa pessoa. Foi o que Patty fez com Rose Gold por 18 anos. Fez os médicos colocarem uma sonda gástrica na filha sem necessidade e chegou ao ponto de evenená-la, até que a própria filha descobriu e, com a ajuda de vizinhos, colocou a mãe atrás das grades.

Os capítulos se alternam entre mãe e filha, narrando em primeira pessoa. Rose Gold narra os eventos depois da prisão da mãe, que por sua vez, narra os eventos do presente, após sua soltura.


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O grande mistério do livro é o porquê de Rose Gold aceitar que sua mãe volte a morar com ela depois que sai da prisão; será que ela perdoou os crimes de Patty contra ela? O desenrolar da história te deixa com essa dúvida até o final, mostrando que, embora Rose Gold tenha herdado os traços manipuladores da mãe, tudo o que ela quer é a normalidade que ela nunca teve enquanto esteve sob o controle de Patty, quem Rose Gold sente que é a única pessoa que ela realmente tem no mundo.

A autora estudou bastante sobre a sindrome de Munchausen por procuração para poder escrever este livro e, embora ele não seja considerado baseado em fatos reais, as similaridades de Rose Gold com a Gipsy Rose Blanchard (saiba mais sobre o caso aqui) são muitas. O caso inspirou a série The Act, que é baseada no caso de Gipsy, mas além do fato de falar sobre a Síndrome de Munchausen por procuração, o livro e a série não estão ligados.

Embora fale deste tema pesado, o livro tem a escrita leve e a narrativa flui muito bem, sem se perder em detalhes desnecessários. Senti bastante pena de Rose Gold, além de sofrer todos os abusos da mãe por 18 anos, ainda tem dificuldades para se adaptar ao mundo e a maneira como foi criada acaba afetando sua personalidade e influindo em suas ações. Patty foi presa, mas Rose Gold ainda não estava completamente livre.

Se você se interessou pela leitura, confira a oferta do livro no site da Amazon:

O Segredo de Rose Gold: Ficha técnica do Livro
Autor(a): Stephanie Wrobel
Editora: Verus
Número de Páginas: 308
Gênero: Suspense e Mistério / Literatura Estrangeira / Ficcção
Ano de Publicação: 2020
ISBN-13 9788576868477
ISBN-10 8576868474


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sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Você Realmente Queria Viver Nos Romances de Época?


Quem adora os livros da Jane Austen e romances de época pensa ou já pensou pelo menos uma vez que deveria ter sido legal viver naquela época. Os mocinhos, quando se apaixonam pela mocinha, não a traem nem em pensamento, são românticos, fofos e responsáveis. Os vestidos que as mocinhas usam são lindos, os salões de baile são magnifícos e as mansões, oponentes e espetaculares...mas será que realmente seria legal se voltássemos no tempo para vivermos no século XIX?

Por mais que os romances de época sejam de nos fazer suspirar mesmo, eu que não queria viver naquele século não e vou dizer os meus porquês:

Saneamento básico e higiene precária

Bem como aprendemos no livro Perdida, de Carina Rissi, não existiam os banheiros como conhecemos hoje, tão práticos né? É só dar descarga e pronto, mas, antigamente, tinha a "casinha", uma construção de madeira, fora da casa principal com um buraco apenas. Isso quando você tinha a privacidade da casinha né, provavelmente antes delas existirem, você tinha que ir pra tal da moita. E para se limpar então? No livro Perdida eles usam folhas de alface; o guia de um museu já me contou que eles usavam espiga de milho, acho que o céu é o limite na criatividade para solucionar esta questão.

Eu já fiz uma excursão por Minas Gerais, para conhecer o barroco brasileiro. Surgiu o assunto banheiro quando fomos na Museu Casa dos Contos (onde funcionava a Casa da Moeda da época) e bem no meio de onde os funcionários trabalhavam, tinha um banquinho com dois buracos um do lado do outro e ficamos muito chocados ao descobrirmos que era ali que os trabalhadores faziam suas necessidades, o guia até brincou que eles davam as mãos para usar o banheiro (ecaaa). Provavelmente essa era uma medida de segurança para que ninguém roubasse moedas da produção, mas mano, que falta de privacidade hein? Eu acharia uma experiência humilhante.

Depois que surgiu o assunto "banheiro", o guia também nos contou que as mocinhas urinavam no meio da rua, aqueles vestidões cobriam tudo mesmo, era só dar uma paradinha e agachar. É verdade? Não sei, mas não é de todo impossível.

Sabemos também que em diversos locais os esgotos eram a céu aberto, oras, tem lugares aqui no Brasil mesmo que ainda funciona assim. Não preciso falar o quanto isso acaba prejudicando a área da saúde, já que atrai todo tipo de mosquito, ratos e bactérias.

Vamos lembrar também das inúmeras doenças que assolavam a população, muitas vezes, trazidas pela falta de saneamento básico e uma higiene mais bem feita. Tivemos a peste bubônica, a varíola (bixiga), a cólera, a gripe espanhola...


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Para mim, só essa questão do banheiro já tira toda a elegância que os livros nos fazem achar que aquela época tinha. Uma linda mansão do lado de um esgotão bem fedido...fora que o pessoal devia feder bastante aqui no Brasil, com aqueles vestidões, e botas e casacos pesados no caso dos homens.

Costumes Arcaicos (que na época não eram...) e Machismo

Mesmo nos tempos atuais ainda lutamos contra o machismo e alguns julgamentos bem bobos da sociedade, como ser solteira é ser encalhada. Se você ainda ouve isso de alguma vizinha, imagina naquela época onde ser solteira não só te tornava alvo de julgamentos, como você praticamente ficava sem nada. Lembram da cena do remake de A Bela e a Fera, em que Gastão fala para a Bela que se ela não casar vai ficar igual àquela mendiga? Bem, podia ser maldade, mas era bem verdade. Vejam também em Downton Abbey, ou Orgulho e Preconceito, em que o casal só teve filhas mulheres e quando o pai falecesse, a casa e a fortuna ficariam para o parente homem mais próximo.

Mulher não tinha voz, não podia votar e trabalhar era mal visto. Mulheres e homens não podiam ficar juntos sozinhos num mesmo cômodo, mulheres não podiam nem estudar...socorro gente, preciso continuar escrevendo mesmo esse post? Rsrsrs

Em A Promessa da Rosa, romance de época da autora brasileira Babi A. Sette, a mocinha, que é daquelas diferentonas que não gostam das regras da sociedade da época, decide fazer arte, coisa que para nós nesse século não é nada demais, mas para o século em que ela vive, era um ultraje total. Dessa vez, a mocinha é flagrada fazendo a tal arte e as consequências que ela sofreu foram das mais feias possíveis, leiam esse livro e depois me contem se vocês realmente queriam viver por lá!

Desigualdades

Tem um filme muito legal, que deveria ter sido mais famoso, ele foi baseado em um livro, mas acho que no filme a desigualdade fica mais destacada. Tanto o filme quanto o livro se chamam Austenland (ou Austenlândia, como foi traduzido no Brasil) cuja história é basicamente o título deste post. A mocinha ama Orgulho e Preconceito e como a maioria das leitoras de Jane Austen, ela queria ter vivido naquela época. Para sorte dela, existe um "parque de diversões" em que você simplesmente pode viver a experiência de viver no século no século XIX!! Olhem que sonho. Acontece que a mocinha não tem muito dinheiro, então ela consegue pagar pelo pacote mais barato e quando chega neste parque, ela é tratada como uma mocinha pobre daquela época. A humilhação que ela sofre é tamanha e ela vê bem que só mesmo quem era da classe alta é que vivia mais ou menos bem.

Quantas famílias ricas existiam? Certamente devia ser como nos dias de hoje, onde a pobreza era bem maior. Lembre-se da próxima vez que desejar viver naquela época, de desejar viver como uma mulher de família rica!

O Romance Existia Mesmo?

É certo que os homens naquela época se vestiam de maneira elegante e eram galanteadores e mais cavalheiros que hoje em dia, porém, lembrem-se que os bordéis já existiam, traição também, filhos bastardos existiam aos montes. Sinceramente, eu não acredito que era melhor que hoje em dia não. Lembrando também que a maioria dos casamentos eram arranjados e poucos foram os casais que eram apaixonados antes de se casar.

Guerras e Escravidão

Por fim, vamos lembrar que os séculos passados foram marcados por guerras, guerras mundiais, guerras civis, escravidão. A economia estava sempre instável por conta das devastações que as guerras traziam, claro que não preciso nem falar da violência constante, o sofrimento das perdas e das feridas. Aliás, a segunda guerra mundial acabou em 1945, não é uma época tão distante assim.

Se ainda hoje vivemos tempos não tão pacíficos, imagina como era antes com tantas guerras acontecendo a cada pouco? Não se tinha sossego.

Se hoje ainda somos infelizes em muitos aspectos, imaginem como era antes. Hoje nós temos evolução na medicina, no trabalho, nos costumes, no saneamento básico, temos muito o que evoluir? Sim, mas também temos muito o que ser gratos. Quando desejamos viver naquela época, acho até um desserviço com as mulheres do nosso passado, que fizeram revoluções para termos os direitos que temos hoje!

Deixei de fora muitos detalhes, este não era bem um post técnico, um documentário, mas sim, um post para trazer um pouco de reflexão que seja. Amamos romance de época? É claro que sim, são gostosos de ler sim, mas lembrem-se que os autores, muitas vezes, deixam de fora a parte feia, para que possamos nos deleitar com o glamour e as coisas boas da vida, mas, mesmo nos livros mais bonitos, podemos ver a feiura daqueles séculos, cada vez que a mocinha está em apuros porque não consegue marido, ou o pai preocupado porque não teve filho homem...
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segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Um Verão na Itália: Resenha do Livro de Romance de Carrie Elks

Um Verão na Itália, livro de romance de Carrie Elks

Um Verão na Itália é o primeiro livro da série de romance As Irmãs Shakespeare, que tem quatro livros no total, todos já publicados pela Editora Verus.

Neste primeiro livro, conhecemos Cesca, uma escritora de peças de teatro que teve a sua estreia arruinada pelo ator principal, que simplesmente não compareceu na noite de estreia, fazendo a peça ser cancelada. Cesca não só passou a odiar este ator, como também ficou desiludida com a carreira e passou a trabalhar em qualquer emprego que aparecia.

Cesca não consegue parar em emprego algum, talvez porque, em seu subconsciente, ela ainda queira tentar a carreira dos sonhos, quem sabe, até que aparece um trabalho como cuidadora de uma casa de verão na Itália, trabalho este que dará à ela a oportunidade de escrever uma nova peça. Ela aceita e parte para a belíssima mansão, ela só não sabia que a mansão pertencia à família do ator que arruinou sua carreira e que ele iria aparecer para passar um tempo lá e espairecer. Agora, Cesca terá que conviver com o homem que ela odeia.


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Olhem, eu não fui com a cara da Cesca a princípio. Tudo bem que o ator pisou na bola, mas ela quis desistir e o culpou por acabar com a carreira dela, sendo que ela podia tentar de novo, só que ficou com medo do fracasso e usou o ator como desculpa. Quando ele aparece na casa, ela fica toda brava, sendo que a casa é dele e ele tem todo o direito de estar lá, ela é uma funcionária e ainda se acha com direitos de maltratar o rapaz e mandar nele, enfim, achei a personagem bem desagradável por boa parte da leitura.

Sam, o mocinho que Cesca odeia, é um bom rapaz, embora a reputação dele não esteja em alta por conta dos tablóides, e que paciência tem esse homem viu, aguentar a Cesca não é fácil, se eu fosse ele, a mandava embora rapidinho, mas ela bem que consegue fazê-lo se sentir culpado pelo fracasso da carreira dela, mesmo sem saber o verdadeiro motivo que o levou a faltar naquele dia. Os dois convivem na casa e aquele ódio todo acaba se transformando em amor.

Depois de um tempo, até que a Cesca fica agradável, eu dou um desconto pra ela por tudo que a levou até ali, e o romance dos dois fica bem bonitinho, com o Sam incentivando-a a escrever a nova peça e tentando conquistá-la, o livro como um todo é um romance bem fofo e uma inspiração a perseguir os seus sonhos.

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Um Verão na Itália: Ficha técnica do Livro
Autor(a): Carrie Elks
Editora: Verus
Número de Páginas: 280
Gênero: Literatura Estrangeira / Romance / Ficção
Ano de Publicação: 2018
ISBN-13 9788576866848
ISBN-10 68576866846

Logo mais postarei a resenha para os outros livros da série! Não perca!

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sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Cartas do Passado: Resenha do Livro de Lucy Vargas

Cartas do Passado, livro de romance da autora brasileira Lucy Vargas

Cartas do Passado é um livro de romance da autora brasileira Lucy Vargas. A história se passa um pouco em 2012 e uma boa parte na era medieval, no século XV!

Luiza arruma um emprego em um castelo na Inglaterra. Seu ofício é digitalizar todos os documentos históricos daquele local, que logo abrirá para o público como um museu/hotel. Luiza começa seu trabalho e encontra umas cartas que o último conde de Havenford escrevia, como se fosse um diário. Era notável como o conde se sentia solitário e amargo, depois de tantas tristezas que passou na vida. Um belo dia, Luiza decide responder uma das cartas, por brincadeira, mas não é que a carta acaba chegando nas mãos do conde lá no passado? Eles começam a se corresponder até que acabam se apaixonando e Luiza dá um jeito de conhecer o amado pessoalmente.

Como eu gostei desse livro! O começo é meio difícil porque tem muitas descrições dos detalhes da família do castelo e tals, mas no capítulo 4 começou a ficar ótimo e só melhorou. Embora o livro tenha uma temática que já está ficando meio batida - pessoas do presente que vão parar no passado - ele tem suas próprias características e não fica parecendo apenas uma cópia de algo que está fazendo sucesso no momento, até porque, esse livro foi escrito há bastante tempo e está sendo relançado agora.


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Uma das coisas mais gostosas do livro é que tem vários capítulos do casal juntinho e feliz, com alguns percalços no caminho, como todo casamento tem, mas você acompanha eles dois durante os seus anos juntos, não é como a maioria dos livros, que apresenta um casal que só fica junto no meio do livro, briga e os dois só voltam no final, você tem muito tempo de felicidade dos dois compartilhando os anos antes da história chegar ao fim.

Teve muito romance e também teve muita ação. Fiquei surpresa com as cenas de batalha, que foram bem descritas e arquitetadas, coisa que geralmente passa meio batido em livros de romance, porque o foco é sempre o amor entre o casal. O único detalhe que eu não gostei, foi da Luiza rindo quando o conde surrou um cara, que era mau, mas não devemos incentivar violência, mesmo que seja voltada ao vilão do livro, muito menos, incitar que uma mulher ache engraçado e bonito o namorado/marido ser ciumento e violento, já passamos dessa fase né?

Cartas do Passado, concluindo, é um romance que deixa o coração quentinho e te prende bastante a atenção, depois do capítulo 3. Embora tenha seu pé no ano de 2012, ele é mais um romance de época. Não sei te dizer se é no estilo de Outlander pois eu nunca li e nem assisti muito a série para fazer a comparação, mas acredito que se você gosta da história de Outlander, provavelmente vai curtir muito este romance da Lucy Vargas, até porque, ele começa e termina neste livro, embora ele seja o livro 1 da série Os Warrington, você não precisa realmente ler o segundo livro, a história já foi bem fechada já no livro 1 (o livro 2 só será lançado no ano que vem).

Confira a oferta do livro Cartas do Passado na Amazon (sua versão em ebook está disponível para ler de graça no Kindle Unlimited):

Cartas do Passado: Ficha técnica do Livro
Autor(a): Lucy Vargas
Editora: Charme
Número de Páginas: 400
Gênero: Romance
Ano de Publicação: 2020
ISBN-13 9786587150000
ISBN-10 6587150004


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sábado, 24 de outubro de 2020

Existe Livro Bom e Ruim Ou É O Seu Gosto Que Determina a Qualidade de Uma Obra?

O que seria de Harry Potter se todos gostassem de Senhor dos Anéis? Será que um livro considerado ruim para muitos pode ser bom para poucos? Afinal, que elementos um livro precisa ter para ser realmente bom?

Parei para fazer essa reflexão quando li um livro cujas críticas não eram favoráveis mas eu o amei e, logo em seguida, li um que é aclamado por praticamente todo mundo e eu o odiei com toda a minha alma. Será que foi mesmo só uma questão de gosto?

Tudo Aquilo que Nos Separa. Rosie Walsh. Sete dias perfeitos e então ele desapareceu.

A sinopse de Tudo Aquilo Que Nos Separa me interessou muito, eu adoro romance e suspense e esse livro parecia ter os dois elementos. Li primeiro as resenhas no Skoob antes de decidir comprá-lo e fiquei chateada com o tanto de gente falando mal, mas sabe quando mesmo assim você não desiste? A curiosidade falava mais alto, então decidi só comprá-lo quando entrasse em promoção, coisa que demorou muito para acontecer, até que finalmente tive a oportunidade de adquirí-lo através de uma troca no Skoob. Eu o li sem muitas expectativa, achando que não ia gostar muito, já que poucos tinham gostado, mas que livro maravilhoso! Os cenários são muito lindos, a história flui de uma maneira muito gostosa e mesmo quando os personagens secundários são os protagonistas da vez, o livro continua interessante. Fiquei bastante intrigada com o fato de poucas pessoas terem uma opinião positiva sobre este livro quando ele foi uma das melhores leituras que eu já fiz.

Ao contrário de Tudo Aquilo Que Nos Separa, eu tinha altas expectativas com o livro Um Reino de Sonhos. Ouvi falar dele pela primeira vez em um evento da editora Record, um "chá de época", onde sentamos e vimos uma apresentação sobre os romances de época que a editora estava para lançar. Os participantes do evento comentaram muito sobre Um Reino de Sonhos e pelas reações deles e, as resenhas extra positivas no Skoob, fiquei com uma vontade enorme de lê-lo, mas assim como Tudo Aquilo que nos Separa, o preço do livro era muito alto e desde que eu o coloquei na minha lista de desejos nunca chegou a um preço aceitável, a empolgação para lê-lo só ia aumentando cada vez que eu checava seu preço, até que que consegui adquirí-lo através de uma troca no Skoob, logo em seguida de Tudo Aquilo Que Nos Separa.

Um Reino de Sonhos. Judith McNaught

Como eu odiei Um Reino de Sonhos. A cada página eu pensava "ainda bem que eu não comprei na livraria". Eu ficava folheando para ver onde aquele capítulo iria finalmente acabar. A leitura era tão arrastada que quando faltavam cinquenta páginas para acabar a leitura, parecia que ainda faltavam trezentas, quanto mais eu lia, mais parecia que não acabava nunca.


Achei tão irônico que li Tudo Aquilo que Nos Separa achando que não ia gostar e amei, e li Um Reino de Sonhos toda empolgada achando que ia amar e comprar mais livros da Judith McNaught e acabei odiando-o tanto que não quis mais ler nada da autora. Porque eu tive uma opinião tão diferente da maioria das pessoas?

O que faz do livro bom ou ruim? As características que determinam sua qualidade são as mesmas para todos? Para mim, um livro bom é aquele cuja escrita é leve tornando-o imersivo e descomplicado, fazendo a história fluir de maneira natural, como se você estivesse ali dentro daquele mundo que o autor criou. A narrativa de um livro bom é tão bem construída que você precisa ler a próxima página logo, você pensa na história mesmo quando não está lendo e planeja o seu dia para ter momentos livres para continuar a leitura.

Um livro ruim, para mim, é aquele que a história demora a desenrolar, tem descrições demasiadas de cenários e a narrativa foca demais nos pensamentos das personagens, analisando uma situação e lembrando do passado repetidamente, elementos que podem parecer propositais para conhecer as motivações da personagem, mas no final, não eram relamente necessários.

Eu acredito que o seu gosto realmente é o que determina a qualidade de um livro, pois eu vejo alguns autores que são aclamados mundo afora e eu não gosto tanto assim de seus livros, como por exemplo, a Nora Roberts, cujas obras para mim são pura encheção de linguiça e fórmulas pré-montadas, ela só precisa de um nome diferente, um cenário diferente e pronto, tem um livro feito. O interessante é que os livros da Carina Rissi, que eu amo, também tem uma certa fórmula, você sempre encontra elementos iguaiszinhos em suas narrativas, mas a escrita é fluida e leve, sem se perder nos detalhes desnecessários e acaba resultando numa leitura gostosa e rítmica. Há quem ame as obras da Nora Roberts e quem odeie as da Carina, então, só posso concluir que gosto é gosto e cada um tem o seu!

Conta para mim nos comentários quais livros você amou e nem todo mundo gosta e vice-versa! Abraços virtuais e até a próxima!


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quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Apenas Um Olhar: Resenha do Livro de Harlan Coben

Apenas Um Olhar, Harlan Coben, Editora Arqueiro

Eu li três livros do Harlan Coben que eu amei: Não Conte a Ninguém, Seis Anos Depois e Confie em Mim. Esses livros foram eletrizantes, o suspense estava sempre no ar, fiquei curiosa o tempo todo, o autor sabia balancear bem a história, mesmo quando ele estava contextualizando o passado das personagens. Eu só podia pensar que tudo que ele escrevia seria bom, mas não foi bem assim dali pra frente.

Cilada foi um livro que me decepcionou, senti que o autor começava a se repetir e encher linguiça e esse sentimento só se reforçou quando eu vi as duas séries baseadas em seus livros na Netflix, quase a mesma história com um crime diferente apenas. Mesmo assim, decidi dar uma chance a Apenas Um Olhar, não só por ter aquela lembrança da emoção que senti com os três primeiros livros, mas as reviews do livro eram excelentes, me deu uma sensação que o suspense nesse livro seria implacável, mas gente, o sentimento de arrependimento por ter gasto dinheiro com esse livro foi grande!

A história parece legal: Grace vai buscar umas fotos de uma viagem de família - ela ainda gosta de revelar rolos de filmes - e encontra uma foto que não era pra estar lá, onde seu marido, quando ainda jovem, estava se preparando para posar com um grupo de amigos, e um deles, tinha um "X" no rosto. Além do mistério de como a foto foi parar lá, o marido de Grace foge com a foto depois que ela o confronta, porque será?


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Já comentei em várias resenhas que eu não gosto do estilo de narrativa em que a personagem pensa, pensa no almoço de domingo, pensa numa roupa que comprou há anos atrás, pensa como gosta de chocolate e a história mesmo só anda em um parágrafo no final do capítulo, para o próximo capítulo começar com outra coisa só para atrasar um pouco a história e te deixar no suspense, só que ao invés de deixar o clima de suspense, te deixa sem paciência mesmo. Apenas Um Olhar é assim e mais um pouco. O livro apresenta várias personagens, conta bastante sobre seu passado, a decoração da casa, onde a pessoa estudou, quem namorou no colegial e a brincadeira favorita na infância, para só depois alguma coisa acontecer. Teve um capítulo que algo bem importante estava acontecendo mas teve três páginas de enrolação com a personagem pensando se deveria tomar uma certa ação. O livro tem 352 páginas e a história se desenrola praticamente no epílogo, com os responsáveis contando o que fizeram, ao invés de alguém descobrir através de uma investigação.

Como leitores, nós víamos o vilão fazer as coisas e depois tínhamos que aguentar os policiais tentando adivinhar algo que a gente já sabia. A personagem principal passa o livro inteiro não entendendo muita coisa pra no finalzinho e no epílogo entender toda uma história complexa por causa de uma coisinha. Basicamente, esse livro é pura encheção de linguiça para conseguir preencher 352 páginas. Li pulando parágrafos e ainda assim me sentia sem paciência.

Apenas Um Olhar foi o último livro que li do Harlan Coben, nunca mais gastarei meu dinheiro com livros desse autor, é possível que eu ainda sinta alguma curiosidade, pois não me conformo que um autor que escreveu aqueles três livros tão bons, pode simplesmente ter começado a escrever só para cumprir contrato, mas certamente só lerei outros livros se encontrá-los na biblioteca. Caso você ainda tenha curiosidade, aproveite a oferta do livro no site da Amazon

Apenas Um Olhar: Ficha técnica do Livro
Autor(a): Harlan Coben
Editora: Arqueiro
Número de Páginas: 352
Gênero: Suspense e Mistério / Literatura Estrangeira / Ficção / Romance Policial
Ano de Publicação: 2019
ISBN-13 9788580419788
ISBN-10 8580419786


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segunda-feira, 28 de setembro de 2020

À Beira da Loucura: Resenha do Livro de Suspense de B.A Paris

Na semana passada eu falei sobre o livro "Entre Quatro Paredes", que foi um dos melhores livros de suspense que já li. Quando eu cheguei na livraria e vi o nome B.A Paris na capa de À Beira da Loucura, nem precisei ler a sinopse, já saí comprando com a certeza que a autora iria entregar mais uma obra excelente.

Em À Beira da Loucura, a personagem principal começa a sofrer de ansiedade quando acredita que um assassino pode estar atrás dela. Ela tem todos os motivos para acreditar nisso, pois começa a receber ligações mudas, os objetos mudam de lugar, coisas aparecem onde elas não estavam. Cass também tem motivos para acreditar que está apenas sendo paranóica, devido ao seu histórico familiar.


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Me identifiquei com a personagem pois eu também sofro com ansiedade e entendo muito bem tudo o que a Cass pensa. O livro é tão bem escrito que tem um momento que eu senti a ansiedade na mesma intensidade que a Cass, como todo bom livro de suspense deve fazer. Confesso que ele é um pouco menos intenso que Entre Quatro Paredes, mas o que eu gostei muito é que a B.A Paris quebrou o seu padrão de escrita, diferente de autores como Lucinda Riley e Kate Morton que escrevem o mesmo livro repetidas vezes trocando só o nome dos personagens.

Eu já falei da Cass no post "As Protagonistas Mais Injustiçadas Pelas Críticas", muitas pessoas criticam o livro por achar a Cass muito fraca, mas nossa, se tem uma personagem forte na literatura essa é ela. Quem sofre de ansiedade pode compreendê-la melhor, pois é uma coisa que chega a paralisar a gente, ainda mais no caso dela, que estava com a vida sendo ameaçada, mas, quando ela descobre tudo que está acontecendo, ela não pensou duas vezes para agir e o que ela fez foi de tirar o chapéu.

À Beira da Loucura foi um livro ótimo do começo ao fim, mas me prendeu bem mesmo da metade pro final, mas foi de um jeito que eu fiquei lendo durante a madrugada até acabar porque não dava para não saber o que iria acontecer a seguir, recomendo muito para quem gosta de suspense e thrillers. Aproveita e confira a oferta do livro no site da Amazon:



À Beira da Loucura: Ficha técnica do Livro
Autor(a): B.A Paris
Editora: Record
Número de Páginas: 350
Gênero: Suspense e Mistério / Literatura Estrangeira / Ficção
Ano de Publicação: 2018
ISBN-13 9788501113832
ISBN-10 8501113832


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terça-feira, 22 de setembro de 2020

Entre Quatro Paredes: Resenha do Livro de B.A Paris



Eu já falei sobre esse livro no post "Os Melhores Suspenses Que Li Até Hoje - Parte 2: Thrillers com Mulheres Protagonistas", mas ele merece um post só dele porque é um dos melhores livros que já li!

Quem vê do lado de fora pensa que Grace e Jack são o casal perfeito, com a casa perfeita, com a vida perfeita. Quem vê um pouco mais de perto pode achar algumas coisas estranhas, embora as más línguas achem que isso é só inveja.

Grace não tem celular próprio, não tem um e-mail só dela e nunca sai sem o Jack, não tem como achar isso normal, mas você pode pensar que o Jack é muito ciumento e possessivo e não quer deixar a esposa ter a privacidade dela, o que já torna o relacionamento deles abusivo, mas a coisa vai muito além, mas muito além mesmo.


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Esse livro é daqueles que não dá para levantar enquanto não acabar de ler a última página. Além da escrita fluída, a autora consegue balancear o suspense de um jeito que te deixa mega curioso mas não corta o clima, você fica fisgado em cada palavra impressa nas páginas. Entre Quatro Paredes mostra o quanto a gente tem que ficar esperto com as pessoas lá fora, especialmente quando a pessoa parece perfeita demais.

Eu conversava com a Grace em voz alta. Dizia para ela não desistir, para ser corajosa, torcia por ela. Essa é uma história de uma mulher que sofre abuso psicológico e é uma pessoa muito forte até o final. Amei a inteligência dessa mulher, um exemplo de força e coragem!

Entre Quatro Paredes é um livro obrigatório para quem gosta de thriller e suspense! Confira a oferta do livro no site da Amazo:

Entre Quatro Paredes: Ficha técnica do Livro
Autor(a): B.A Paris
Editora: Record
Número de Páginas: 266
Gênero: Suspense e Mistério / Literatura Estrangeira / Ficção
Ano de Publicação: 2017
ISBN-13 9788501109606
ISBN-10 8501109606


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segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Romântica de Plantão: Resenha do eBook de Romance de Vanessa Bosso

Romântica de Plantão. Vanessa Bosso


Romances escritos por Vanessa Bosso? Sempre uma boa pedida! Essa autora sabe bem como escrever livros levinhos, gostosinhos de ler e de quebra passar uma lição para você aplicar na sua própria vida.

Em Romântica de Plantão, Vanessa Bosso nos leva a acompanhar Luana, uma enfermeira que tem o sonho de ser médica, mas tem medo de tentar fazer o vestibular para a faculdade de medicina pela quarta vez e acabar decepcionando a si mesma e também a seu pai, que quer ver todas as filhas sendo médicas de sucesso. Luana também passou por alguns percalços no amor e deixou um homem fazê-la acreditar que ela não é boa o suficiente, com isso, ela deixou de se permitir e vive o romance somente através de seus livros.

A melhor amiga de Luana a avisa que está afim de um médico maravilhoso que arranca suspiros de todas as mulheres no hospital em que elas trabalham. Acontece que o médico passa a impressão de estar afim de Luana, que está afim de um paciente que inspirou seu romance favorito, que parece estar afim de sua melhor amiga. No que vai dar esse quadrado amoroso hein?


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O eBook é bem levinho mesmo com todos aqueles clichês românticos açucarados que todos nós leitores de romance amamos. Dá para se identificar com a Luana, que fala umas frases de efeito e faz uma autoanálise digna de fazer você pensar em si mesmo/a. A única coisa que eu não gostei muito, mas é algo que me deixa irritadinha em todos os romances, é a teimosia da mocinha em não entender a situação, achar que o cara não gosta dela de verdade por causa de uma coisinha mínima que ele falou ou alguém falou pra ela. Eu acho que já está na hora dos romances evoluírem um pouco essa parte da fórmula né? Mas nem de longe isso atrapalha o livro em si, é só um gosto pessoal.

E se você é como eu, que ama romances, Romântica de Plantão (assim como todos os livros da Vanessa) é obrigatório! E olha que maravilha, o eBook está disponível para ler de graça no Kindle Unlimited: clique aqui e acesse a página do eBook! Se você ainda não conhece o "netflix dos livros" ou melhor dizendo, o "prime video" dos livros, saiba tudo sobre o Kindle Unlimited nesse post.. Você pode testar o programa por 30 dias e ainda conhecer essa autora maravilhosa (não deixe de conferir também "O Homem Perfeito" e "A Aposta!")

Você também pode comprar o eBook sem ser pelo Kindle Unlimited, confira a oferta:


Romântica de Plantão: Ficha técnica do eBook
Autor(a): Vanessa Bosso
Editora: Amazon
Número de Páginas: 316
Gênero: Romance
Ano de Publicação: 2018
ISBN B07HB8TW16


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terça-feira, 8 de setembro de 2020

Inventei Você? Resenha do Livro de Francesca Zappia



Inventei Você? é um livro de romance adolescente, em que a protagonista tem esquizofrenia e paranoia. Eu imaginei um livro super genial por conta dessa premissa, mas acabei me decepcionando bastante.

No começo, a leitura estava gostosinha, mas depois o livro foi ficando extremamente cansativo e achei a história mirabolante demais para personagens adolescentes. Eu até pensei que a história toda seria uma invenção da personagem, por isso que era tudo tão exagerado, mas não, somente algumas coisas são visões que a personagem tem, causadas por seu distúrbio.


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Um dos maiores problemas que me incomodaram, foi a inserção de vários personagens secundários que tiveram um desenvolvimento além do necessário para personagens que deveriam ser apenas um suporte para a personagem principal, mas ao mesmo tempo, um desenvolvimento mal acabado e, que além de deixar o livro totalmente raso, atrapalhou o desenvolvimento da protagonista. Você imagina que um assunto tão sério e tão complexo como a esquizofrenia e a paranoia, ganharia um destaque nesse livro, mas eu achei que ficou em segundo plano, para dar lugar à dramas adolescentes sobrevivendo o dia-a-dia no ensino médio.

Tudo isso tornou o livro super cansativo, tanto que eu nem fiquei impressionada quando a reviravolta do livro apareceu, eu já estava tão cansada, com tanta vontade de abandonar a leitura, que eu nem liguei para nada, só queria que o livro acabasse logo. Porque não abandonei? Bem, sinceramente, eu queria ver se a história conseguiria me surpreender pelo menos no final, mas não.

Eu sinceramente não recomendo, você não aprende nada sobre a esquizofrenia, não tem um conteúdo ou uma mensagem profunda a ser tirada do livro, além da leitura não ser prazerosa.

Inventei Você? está disponível para ler de graça no Kindle Unlimited.

Inventei Você?: Ficha Técnica do Livro
Autor(a): Francesca Zappia
Editora: Verus
Número de Páginas: 346
Gênero: Romance / Literatura Estrangeira
Ano de Publicação: 2017
ISBN-13: 9788576864240
ISBN-10: 857686424X


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