
As duas mulheres tem o sonho de fazer carreira no mundo da moda, porém, Carolina não pode nunca revelá-lo pois ela é uma garota da alta sociedade e seus pais já fizeram planos de casá-la com um fazendeiro rico. Beatriz não poderá apresentar seu trabalho pois tudo foi cancelado por conta da quarentena. O que as duas tem em comum, apesar de estarem em séculos diferentes, é uma caixa de música que pertenceu à Carolina em 1899 e Beatriz encontrou em uma loja de antiguidades nos anos 2000. Em um momento de angústia de ambas as mulheres, elas dão corda na caixinha e toda a magia acontece. O feminismo em Beatriz poderá ajudar a libertar Carolina das amarras do patriarcado? As habilidades de Carolina poderão ajudar Beatriz a andar com seu projeto? Seria essa a premissa do livro?
Eu achei que esse livro tinha tudo para ser legal demais, poderia ter tido altas aventuras das duas mulheres navegando em tempos diferentes dos seus até achar o caminho pra casa, poderia ter tido tantas camadas, mas a autora preferiu vomitar seu conhecimento sobre feminismo e literatura clássica brasileira e quis mostrar o quanto ela é um ser humano maravilhoso e iluminado e é contra racismo, homofobia e opressão às mulheres, eu acho que ela queria mesmo era escrever um TCC ou um artigo para uma revista científica, porque ela simplesmente esqueceu de evoluir a história para ficar enfiando assuntos que poderiam ter sido uma história de livros separados. E que fique claro que eu também sou contra todos esses problemas que temos na sociedade, mas quando eu pego um livro de ficção para ler, meu objetivo é me entreter, e se eu quiser me educar, eu vou justamente ler um artigo científico e afins. Sim, é muito legal um livro com uma mensagem linda no meio da história, mas eu acho que fica muito mais legal quando essa é mensagem é percebida no decorrer da história e não quando a autora fica fazendo uma dissertação.
As personagens conhecem rapazes nesses outros tempos e na teoria, era pra elas terem se apaixonado tanto por eles que as fariam questionar se elas querem mesmo voltar pra casa, porém, não deu pra acreditar que elas realmente se apaixonaram a esse ponto. A Beatriz conhece o rapaz e só teve três interações com ele, sério, não dava pra engolir que logo ela que era tão feminista, ia querer ficar nesse mundo onde as mulheres eram oprimidas e mal haviam oportunidades para poder ficar com o rapaz que ama, mas sabe por que não deu pra acreditar? Porque a autora passou a maior parte do tempo fazendo a Beatriz achar o máximo q ela vivia no mesmo tempo que Machado de Assis e ela queria conhecê-lo e aí ficou um tempão falando da Capitu e dissertando sobre Dom Casmurro, nossa eu simplesmente passei a ler o livro pulando linhas, de verdade, não faz falta nenhuma para o desenvolvimento da história, eu lia uma fala ou outra e já dava pra entender o que estava acontecendo (e basicamente, não estava acontecendo nada).
Outra coisa que achei horrível na leitura é que não dava emoção, ambas as personagens queriam voltar pra casa, e aí passam a querer ficar onde estavam, não tinha assim aquela construção que te dava ansiedade, eu tive a impressão que a editora decidiu cortar algumas partes porque também pensou que o livro estava chato demais, tinha horas que eu pensava que eu tinha virado página grudada porque falta uma conexão entre um acontecimento e outro, você só percebe que já passaram alguns dias depois de ler três páginas, do nada eles estão em uma festa, eles falam que vão na biblioteca mas nunca chegam lá, já estava chato e ainda por cima confuso, não dá pra mim.
Eu acho que esse livro começou bem, desenvolveu super mal e acabou ruim. Eu não recomendo a leitura de jeito nenhum, mas se você se interessou, confira a oferta do livro no site da Amazon:
A Caixa de Música: Ficha técnica do livro | |
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Autor/a: | Lu Piras |
Editora: | VR Editora |
Número de páginas: | 384 |
Categoria: | Jovem adulto / Literatura Brasileira / Romance |
Ano de publicação: | 2022 |
ISBN-13: | 9788550703336 |
ISBN-10: | 8550703338 |
Sinopse: No final do século 19, Carolina é a filha do dono da maior fábrica de tecidos do Rio de Janeiro, mas esconde da família o sonho de se tornar estilista. Num acordo com um coronel do café, o pai da moça a promete em casamento a um homem que ela não ama. Beatriz é estudante de moda na mesma cidade, mas em nosso tempo: o século 21. Ela deseja participar de um importante desfile que poderá abrir muitas portas para sua carreira. Às vésperas do evento, porém, a pandemia de Covid-19 faz o mundo parar, afastando-a de sua grande oportunidade. Decepcionadas com suas perspectivas de futuro, as duas têm em comum mais do que sonhos interrompidos. Vivendo em séculos diferentes, Carolina e Beatriz não se conhecem, mas estão misteriosamente conectadas por uma caixa de música – e este pequeno objeto mágico dará a cada uma a chance de revolucionar a própria vida, mudando seus destinos para sempre. |
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