sexta-feira, 24 de junho de 2022

O Resgate do Morto: Resenha do Livro de Romance e Mistério de Ellis Peters

Ellis Peters. O Resgate do Morto. Romance de Mistério Medieval na Tradição de O Nome da Rosa.

Eu já comentei em alguns outros posts aqui do blog que eu encontrei uma pilha de livros guardados no guarda-roupas da minha mãe, que era uma leitora tão ávida quanto eu e eu decidi ler todos os que eu encontrei antes de doá-los. Um dos que eu encontrei foi este, O Resgate do Morto. Minha mãe amava O Nome da Rosa, o filme, e quando ela viu na capa deste livro os dizeres "romance e mistério no estilo O Nome da Rosa" ela nem pensou duas vezes, gostaria de saber o que ela achou do livro, mas enfim, vou contar um pouco do que eu achei da leitura de O Resgate do Morto.

O começo deste livro eu achei meio confuso, achei que eu ia abandonar ou pelo menos ler por obrigação já que eu me dei o objetivo de ler todos aqueles livros da pilha, mas no capítulo dois já melhorou bastante. Em O Resgate do Morto, são muitos os personagens, e achei que a cada momento cada um teve seu protagonismo, mas no fim das contas, acho que o principal mesmo é o Cadfael, um homem que trabalha na abadia e sinceramente eu não entendi se ele é monge ou não, mas enfim, ele é um homem muito respeitado em seu condado. No começo da história, houve uma batalha e Hugh, agora chefe do condado porque o seu xerife foi capturado, chega todo cansado mas sem muitos ferimentos e narra um pouco do que aconteceu, menciona-se reis e imperatrizes mas honestamente não achei que fez tanta diferença saber quem é quem, tem até um mapa no começo do livro mas também não achei de muita importância, enfim.

No dia seguinte à chegada de Hugh da batalha, uma freira chega no condado para dizer que seu convento havia sido atacado mas as freiras e os moradores da floresta haviam sido bem sucedidos em defender seu território e que eles fizeram um prisioneiro galês. Cadfael e Hugh vão buscá-lo e descobrem que ele é um nobre galês e pode ser útil nas negociações para resgatar o xerife capturado e assim, Cadfael parte para o País de Gales, já que ele é parte galês e sabe o idioma para iniciar as negociações. O prisioneiro galês, Elis, é muito cooperativo e fica de boa lá no castelo até que ele vê a filha do xerife que foram resgatar e ele imediatamente se apaixona por ela, criando um probleminha, já que ele terá de ir embora quando o xerife chegar.

Eu achei que o livro seria super cansativo, porque pelo seu título eu podia imaginar que a história toda era sobre um resgate, e que teríamos vários capítulos estilo Senhor dos Anéis, com a equipe andando pela floresta para resgatar o xerife, mas que nada, o xerife logo chega ao seu condado, trazido pelos homens galeses designados pela tarefa, o problema é que ele é assassinado pouco tempo depois de chegar e eis aqui a parte do mistério do livro: quem o matou? Haviam várias pessoas com motivos para querer sua morte.

A premissa do livro até que é legal, mas eu não achei que teve realmente um mistério, porque a investigação foi meio deixada de lado porque houveram novos ataques, achei que tanto o mistério quanto o romance acabam ficando de lado algumas vezes. O livro é legalzinho de ler, mas não achei que me prendeu muito, ficava mais pensando "ué, esqueceram do assassinato?", se você ler sem nenhuma pretensão, a leitura pode ser interessante. A parte do romance também não achei lá maravilhosa, porque o Elis se apaixona pela Milicent só de olhar pra ela e algumas páginas depois eles já estão se encontrando às escondidas e já apaixonados um pelo outro, não há desenvolvimento, nós não assistimos os encontros deles nem nada.

Tentei encontrar o livro no site da Amazon, mas nem usado achei, só tem outras aventuras do Cadfael em inglês, então talvez você só encontre O Resgate do Morto em sebos, e se você gosta de guerras medievais talvez ache a leitura legalzinha, eu só achei que tiveram muitos assuntos ao mesmo tempo e eles acabaram sendo pouco desenvolvidos.


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terça-feira, 21 de junho de 2022

A Suspeita: Resenha do livro de romance de Nora Roberts

A Suspeita. Nora Roberts. Harlequinn Books

Eu já começo esse post dizendo que eu não sou fã da escrita da Nora Roberts, já li oito livros dela e posso dizer que realmente não é meu gosto, mas A Suspeita ganhou o prêmio de pior livro da autora no meu conceito, já começo dizendo que eu não recomendo!

É um fato que a escrita da Nora Roberts consiste em enrolar o máximo possível pra conseguir completar mais de duzentas páginas porque a quantidade de descrições de cenário e dos pensamentos das personagens é enorme! Pior ainda é que são pensamentos repetidos e ainda por cima em todos os livros é a mesma coisa: a mulher protagonista tem um passado ou um impedimento para se jogar no relacionamento com o homem protagonista e ela fica pensando e pensando nesse impedimento e pensando que ela está enganada em achar que ele gosta dela e depois o homem começa a pensar nos seus próprios problemas e impedimentos e talvez em tentar alguma coisa com a mulher e assim vai por páginas e páginas e a história mesmo não anda. Esse é o resumo de todos os livros da Nora Roberts (que eu já li né), só que em A Suspeita, ela levou a um outro nível.

O livro começa de maneira absurda: vemos o homem protagonista chegando de trem em algum local e pensando, já começa aí as infinitas descrições de cenário e pensamentos, daí ele vê seu alvo, Charity, a mulher protagonista, e o pneu do carro dela está furado, então Roman se oferece para consertá-lo e ela olha para ele e pensa "ai coitado, ele deve estar precisando de um emprego", então diz: "você sabe usar uma furadeira?", ao que ele responde que sim e então ela coloca ele dentro de seu carro, um completo desconhecido, sem nem realmente verificar a identidade dele, e já o leva para o hotel em que ela mora e gerencia, contratando-o para fazer UMA REFORMA inteira em uma das alas do local! OK, é um livro de ficção, mas que desleixo é esse em apressar as coisas né?? Daí Charity apresenta os trabalhadores do hotel, mostra pra ele o trabalho e poucas horas depois eles já estão extremamente atraídos um pelo outro e quase se beijam, tudo isso no capítulo 1!! Ou seja, desenvolvimento zero né?

A gente como leitor só descobre que o Roman é uma espécie de espião lá pelo capítulo 3, até lá, só acontece uns eventos no hotel, e dá-lhe descrições da rotina diária do local, dos pensamentos dos protagonistas e umas atrações entre os dois, que nem ficam críveis, é como eu escrever aqui agora: Charity e Roman se olham intensamente e sentem uma coisa esquisita dentro de seu ser. Que graça teve isso nesse contexto? Você não sente aquela animação típica de um livro de romance, é tudo bem jogado, e a gente até esquece que esse é um livro de romance com um toque de suspense, poderia ser um romance policial bem legal, mas foi extremamente mal desenvolvido.

Queria aproveitar para esclarecer aqui que eu só não desisti de ler Nora Roberts porque certa vez, uma bibliotecária me recomendou os livros dela, só que eu não consegui encontrar com as instruções que ela me deu (ela estava no andar de cima da biblioteca e não podia me levar) e acabei encontrando um outro autor que eu amei. Anos depois, eu estava buscando um presente pra minha mãe e encontrei um box com cinco livros da Nora Roberts, logo lembrei da indicação da bibliotecária e decidi comprar o box mesmo sem saber se os livros eram realmente bons. Minha mãe não gostou muito não. Agora eu encontrei os livros guardados e decidi ler antes de doar, não consigo simplesmente me livrar sem ter lido, vai que um deles é bom?

É isso então leitor, não recomendo a leitura de A Suspeita, mas vou deixar o link do livro mesmo assim:

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