Resenha: Quem Era Ela, J.P Delaney, editora Intrínseca

Um arquiteto visionário, e um tanto excêntrico, cria uma casa moderna e inteligente. As luzes possuem tecnologia que imita a luz do sol para evitar que o morador tenha depressão quando os dias estão cinzas. O vaso sanitário analisa suas "amostras" para te mostrar como está sua saúde. Essas são algumas das inúmeras características que tornam a casa um lar futurista e que deve melhorar a vida de seu morador.

É claro que uma casa como essa é objeto de desejo de muitas pessoas, mas o processo para alugá-la é muito criterioso e pouquíssimas pessoas já conseguiram passar pela avaliação.

Jane é uma das sortudas que conseguem alugar a casa e pouco tempo depois de se mudar, ela descobre que a inquilina anterior morreu em um trágico acidente dentro da casa. Logo, acontecimentos estranhos começam a amedrontar Jane e quanto mais ela pesquisa sobre a moradora anterior, mais suas vidas parecem entrelaçadas e Jane receia ter o mesmo destino.

Quem Era Ela é um dos meus livros de suspense favoritos. Um daqueles que  não consegui parar de ler pois quanto mais avançava na história, mais curiosa ficava. Sabe quando você até conversa com a personagem?

Eu sentia a tensão conforme as coisas estranhas iam acontecendo com Jane, será que uma casa tão inteligente poderia criar vida própria?

Os personagens foram muito bem construídos, vamos conhecendo-os conforme a história se desenrola, e isso vai trazendo muitas surpresas. Eu cheguei a julgar a Jane, ficava irritada com as escolhas dela mas não era nada do que eu pensei, e olha que eu geralmente procuro pensar o contrário do que o autor quer nos fazer acreditar e mesmo assim nada do que eu pensei estava certo.

Amei cada parágrafo, esse sim é um suspense de respeito!

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Porque o livro A Garota do Lago, de Charlie Donlea, é um dos top 3 mais vendidos da Veja por 26 semanas?

FOTO: Passeando em Livros

Eu gosto muito de livros de investigação policial, suspense e thrilllers e via muito os livros do Charlie Donlea nas livrarias. Lendo as sinopses, me interessei em conhecer as obras do autor; foi só quando, em um passeio no shopping, avistei uma pilha de exemplares de A Garota do Lago com uma placa dizendo: 'PROMOÇÃO" dentro da livraria, que decidi comprá-lo. A vendedora me disse: "ah você vai levar o livro mais vendido da semana!" e eu fiquei até mais empolgada com a leitura, achando que isso era um indicador de que o livro realmente era muito bom.

Eu já fiz uma resenha sobre o livro aqui no blog, se você quiser saber mais detalhes sobre a história em si, mas, falando da experiência de leitura, não achei o livro tão genial assim. Pela sinopse, a jornalista Kelsey se identifica com a história da vítima do caso sobre o qual ela está escrevendo e por isso ela quer descobrir o assassino, talvez para dar um desfecho para o seu próprio caso que nunca foi solucionado.

Eu imaginava que a narrativa seria feita somente pela Kelsey e iríamos descobrindo os acontecimentos conforme ela ia investigando e descobrindo as pistas, mas na verdade, cada capítulo é narrado em terceira pessoa, alternando entre o passado, mostrando os acontecimentos na vida da vítima do caso que a Kelsey investiga, e o presente, mostrando a Kelsey investigando o caso.

Achei que essa forma de narrativa tirou o suspense da história, pois o capítulo do passado vinha primeiro, então, quando começa o capítulo da Kelsey, nós só vemos como ela descobriu algo que nós como leitores, já sabíamos há bastante tempo. Para falar bem a verdade, os capítulos da Kelsey são chatos e até desnecessários, na minha opinião. Eles quebram a fluência da história, pois quando estamos ligados na história da vítima e seus amigos, o capítulo acaba para começar uma narrativa da Kelsey indo tomar café e demorando séculos para descobrir qualquer coisa importante para o caso.

A Kelsey passa horas refletindo, indo passear na cidade e o seu passado e personalidade ficam sendo descritas por vários parágrafos e o caso que ela investiga fica um pouco de lado, talvez para nos mostrar porque ela dá importância em resolvê-lo, sendo uma jornalista e não uma detetive. Isso, ao invés de me fazer me ligar emocionalmente com a personagem, só me fazia querer pular os capítulos dela, já que eles meio que eram uma história à parte e não traziam uma informação nova sobre o caso sendo investigado.

Por mais que os livros de suspense e investigação sigam uma certa fórmula, dificilmente eu adivinho quem era o real culpado, mas em A Garota do Lago, achei que o autor fez uma artimanha para desviar a atenção que acabou me levando diretamente ao culpado desde o começo. Fiquei orgulhosa de ter adivinhado corretamente, rsrsrsrs.

Por fim, eu acho que este livro não tem uma trama muito mais elaborada que qualquer outro livro de suspense e investigação para estar há 26 semanas no top 3 dos livros mais vendidos de acordo com a VEJA, o que me leva a crer que ele só está na lista por causa do seu preço baixíssimo, que anda oscilando de R$9,00 à R$11,90 durante todas essas semanas. Penso isso porque quando o valor do livro O Homem de Giz (veja minha resenha sobre ele aqui no blog) caiu para R$20 e pouquinhos o livro entrou no top 3.

Você ja leu A Garota do Lago? Me conta o que você achou!

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ALERTA DE SPOILER
Eu queria comentar sobre uma coisa que não gostei nem um pouco que foi o machismo voltado à vítima, por vezes o autor quis jogar a culpa na vítima porque ela, de acordo com ele, ficava instigando os homens, flertando com eles e os levando a se apaixonar por ela, achei isso horrível, uma personagem mulher ainda diz "acho que ela nem sabia que fazia isso". Não gostei nada porque não pareceu uma opinião da personagem.

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Um Pequeno Favor: O Livro vs O Filme

Um Pequeno Favor é um livro da autora Darcy Bell, publicado pela Bertrand Brasil. Mais tarde, o livro foi adaptado para o cinema, dirigido por Paul Feig e conta com Anna Kendrick e Blake Lively no elenco principal.

Um Pequeno Favor, o filme

Eu conheci a história quando a estréia do filme começou a ser divulgada, mas as críticas não me animaram a ir ver no cinema. Foi só quando o filme ficou disponível no Prime Video, concorrente da Netflix, é que a curiosidade me venceu e dei o play. Eu simplesmente amei o filme! Uma história super simples e até meio clichê, mas muito bem bolada, o desenrolar da história me surpreendeu e me manteve interessada e curiosa o tempo todo.

O filme é um suspense, mas com um tom mais leve e até um tanto cômico. Stephanie é viúva e ela é uma super mãe para o Miles, uma criança de uns 5 anos mais ou menos. Ela é meio solitária e, por isso, criou um vlog com dicas de cuidados e atividades infantis, a fim de se conectar com outras mães. Miles é amigo de Nicky, filho de Emily, uma mulher elegante e misteriosa que ninguém sabe muito sobre.

Emily e Stephanie fazem amizade quando Nicky e Miles querem brincar juntos depois da escola. As duas se tornam boas amigas a ponto de Stephanie se sentir confortável de contar a Emily seus segredos mais obscuros e ao ponto de Emily se sentir confortável de pedir a Stephanie um pequeno favor: ir buscar seu filho na escola e Emily o buscaria na casa de Stephanie mais tarde. Só que Emily não apareceu.

Stephanie começa a se desesperar pois tem certeza que algo ruim aconteceu, Emily jamais abandonaria o filho. Ela começa a investigar e tropeça na maior rede de mistério envolvendo a amiga e seu passado.

O filme já está disponível para assistir no Prime Video, serviço de streaming da Amazon. Se você já é assinante, clique aqui para assistir.

Se você ainda não é assinante, eu recomendo muito, tem muitos filmes recentes, como Capitã Marvel, Wi-fi Ralph, Vidro...todos estavam no cinema recentemente. Tem muitos filmes clássicos também, para quem tem saudades dos anos 80/90, para falar bem a verdade, eu assisto mais o Prime Video do que a Netflix. Agora que o Amazon Prime chegou ao Brasil, você paga só R$9,90 por mês e além de ter o Prime Video, tem direito à frete grátis em produtos vendidos pela Amazon, pode usar o Prime Music, o Prime Reading e o Twitch! Veja neste post todas as vantagens de assinar o Amazon Prime.

Um Pequeno Favor, o livro

Eu amei demais o filme e fiquei bem curiosa em saber como a história seria em um livro. Achei que eu iria achar a leitura sem graça, por já saber tudo que acontece, mas me surpreendi muito. Quanto mais eu lia, mais achava a adaptação pro cinema genial!

O filme pegou apenas o essencial da história e mudou a maior parte dos detalhes, o que eu sei que quem é fã de um livro não gosta que acontece, mas eu achei isso o máximo, porque dessa forma, você se surpreende ao ver o filme depois de ler e/ou vice-versa.

O tom cômico do filme não existe no livro. A Stephanie escreve em um blog ao invés de fazer vídeos para um vlog, achei essa mudança genial, imagina no filme ficar vendo a personagem sentada numa cadeira escrevendo no computador?

No livro a Stephanie é ingênua demais, mesmo depois de tudo ela ainda confia na Emily, fiquei até com raiva dela de tão manipulada que ela se deixa ser. O livro também traz a voz da Emily e do Sean, marido de Emily, além da voz da Stephanie, sempre em primeira pessoa. É bem interessante ver a visão de cada para entender mais sobre seu caráter e os detalhes da história no geral.

Concluindo, eu amei tanto o filme quanto o livro, tanto independentemente quanto fazendo a ligação entre os dois. Os roteiristas do filme foram geniais em extrair o essencial e mudando os detalhes. Eu recomendo demais os dois!

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O Homem de Giz, C.J Tudor: Resenha do livro

A narrativa do livro se alterna a cada capítulo, com Eddie narrando sua infância e adolescência com seus amigos nos anos 80 e sua vida adulta, no tempo presente.

Quem gosta de Stranger Things talvez tenha uma afinidade a mais com a história, pois mostra Eddie e sua turma de amigos em suas aventuras. Não tem nada de monstros e realidades paralelas, mas tem aquele "feeling" da série.

A infância dos garotos é cheia de brincadeiras e traquinagens. Eddie descreve muitas das coisas que ele e seus amigos passaram, tanto na infância quanto na adolescência e é bem gostoso de ler, apesar do plot da história demorar bastante para ser revelado, o tal do homem de giz mesmo demora para aparecer.

O livro me deixou bastante interessada o tempo todo, mas como os capítulos se alternam entre passado e presente, aquele clima de tensão nos finais dos capítulos acabam sendo um pouco cortados, pois o próximo capítulo praticamente começa uma narrativa de um acontecimento novo, somente tendo a ligação entre eles mais pra frente na história.

A história gira em torno do assassinato de uma garota lá no passado de Eddie, ela foi encontrada sem a cabeça em um bosque. Embora uma acusação tenha sido feita, o caso não ficou totalmente esclarecido. No tempo presente, um dos amigos de Eddie reaparece, querendo escrever uma história sobre o assassinato, revelando quem tinha sido o verdadeiro assassino. Coincidentemente, todos do grupo recebem ao mesmo tempo do reaparecimento do amigo, uma carta com um homem palito de giz desenhado. Quando o amigo aparece morto, Eddie fica receoso, será que todos correm algum tipo de perigo?

Não achei o livro surpreendente e nem cheio de reviravoltas pois no final, era aquilo mesmo que a autora estava levando a crer no começo. Isso deixa a história ruim? De forma alguma, é um livro muito bom para curtir a leitura, mas não espere um final alucinante que te faz virar a última página e ficar perplexo.

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A Mulher na Janela Resenha do Livro

"Não é paranoia se está realmente acontecendo"

Anna Fox sofre com agorafobia. Ela não sai de casa já tem alguns meses e para se manter entretida, ela joga xadrez e aprende francês online, mas, seu hobby preferido mesmo é espiar a vida dos vizinhos pela janela e beber um bom vinho, ignorando o fato de que ela não deveria misturar álcool com os remédios pesadíssimos que ela toma.

Esse é o cenário que coloca em xeque a credibilidade da personagem. Por um lado, Anna é uma mulher inteligente, trabalhou como psicóloga antes de começar a ter os ataques de pânico. Ela mantém a mente ativa estudando e trabalhando a parte lógica do cérebro, mas quem pode garantir que a mistura do álcool com os remédios e o tédio que ela enfrenta em seus dias, não a fazem fantasiar ou até mesmo alucinar?

Não há nada que aconteça na rua que Anna não saiba, portanto, quando os novos vizinhos se mudam para a casa do outro lado da rua, ela logo faz uma boa pesquisa sobre os moradores. Uma família aparentemente respeitada e de boa moral. Um casal e seu filho adolescente.

Em uma de suas espionagens, Anna testemunha um assassinato na casa desses novos vizinhos, mas como ela vai conseguir que acreditem nela quando sua credibilidade é tão frágil e ainda por cima, a pessoa que ela reportou como vítima está viva? Para piorar, ela passa a acreditar que alguém anda invadindo sua casa e mexendo em suas coisas, o que não a ajuda em nada a fazer a polícia acreditar nela.

E agora? Será que ela conseguirá provas de que não está sendo paranoica?

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A Mulher na Janela é um livro tão bem escrito que mesmo quando Anna descreve seus dias mais tediosos, me manteve interessada o tempo todo.

O transtorno da agorafobia da personagem causa bastante tensão, já que é algo que impede a personagem de tomar atitudes nas situações de urgência. Você pode pensar que isso causa irritação, mas no caso desse livro não tive essa sensação, já que não é o caso da mocinha que não toma atitude por teimosia ou por ser mimada, mas porque ela tem que enfrentar um transtorno mental.

Já li algumas resenhas que dizem que Anna é uma mulher fraca, mas eu achei totalmente o contrário. A agorafobia é algo que paralisa uma pessoa, causa falta de ar, náuseas e tontura, além de aumentar o batimento cardíaco. Anna tenta enfrentar seu medo para prestar auxílio à vítima quando ela vê a vítima sendo esfaqueada, onde isso é fraqueza?

Embora a credibilidade da Anna seja frágil, você fica em cima do muro na hora de decidir em quê acreditar e os momentos em que ela percebe que alguém anda entrando na casa causam bastante tensão, como todo bom thriller psicológico.

A Mulher na Janela é um dos melhores livros de suspense já escritos e vai virar filme, que será estrelado por Amy Adams e tem previsão de estréia para o fim deste ano! Mal posso esperar!

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A Mulher Entre Nós - Resenha do Livro

Vanessa foi morar com a sua tia após seu divórcio de Richard, que a deixou sem dinheiro, sem amigos, sem casa e muito deprimida. Ela tem dificuldade de se reerguer mas quando descobre que seu ex-marido irá se casar novamente, ela toma como propósito de vida impedir essa união a qualquer custo.

Este livro é um dos melhores suspenses que já li! A história é tão boa e tão bem escrita que eu nem consegui imaginar nenhuma das reviravoltas que apareciam a cada pouco. São várias as surpresas para o leitor durante a leitura e em todas elas eu ficava de boca aberta.

Além das surpresas, o suspense é muito bem construído. Fiquei curiosa e muitas vezes tensa. O livro alterna entre a narrativa da Vanessa e a da Nellie, que, prestes a se casar com Richard, começa a sentir que está sendo seguida, objetos em sua casa estão sendo movidos, você realmente pode sentir a tensão dela.

Eu amei esse livro e tenho certeza que você também irá se surpreender muito e se tornará um de seus suspenses favoritos! Já quero filme dele!

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Boa leitura!

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