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| FOTO: Passeando em Livros |
Eu gosto muito de livros de investigação policial, suspense e thrilllers e via muito os livros do Charlie Donlea nas livrarias. Lendo as sinopses, me interessei em conhecer as obras do autor; foi só quando, em um passeio no shopping, avistei uma pilha de exemplares de A Garota do Lago com uma placa dizendo: 'PROMOÇÃO" dentro da livraria, que decidi comprá-lo. A vendedora me disse: "ah você vai levar o livro mais vendido da semana!" e eu fiquei até mais empolgada com a leitura, achando que isso era um indicador de que o livro realmente era muito bom.
Eu já fiz uma resenha sobre o livro aqui no blog, se você quiser saber mais detalhes sobre a história em si, mas, falando da experiência de leitura, não achei o livro tão genial assim. Pela sinopse, a jornalista Kelsey se identifica com a história da vítima do caso sobre o qual ela está escrevendo e por isso ela quer descobrir o assassino, talvez para dar um desfecho para o seu próprio caso que nunca foi solucionado.
Eu imaginava que a narrativa seria feita somente pela Kelsey e iríamos descobrindo os acontecimentos conforme ela ia investigando e descobrindo as pistas, mas na verdade, cada capítulo é narrado em terceira pessoa, alternando entre o passado, mostrando os acontecimentos na vida da vítima do caso que a Kelsey investiga, e o presente, mostrando a Kelsey investigando o caso.
Achei que essa forma de narrativa tirou o suspense da história, pois o capítulo do passado vinha primeiro, então, quando começa o capítulo da Kelsey, nós só vemos como ela descobriu algo que nós como leitores, já sabíamos há bastante tempo. Para falar bem a verdade, os capítulos da Kelsey são chatos e até desnecessários, na minha opinião. Eles quebram a fluência da história, pois quando estamos ligados na história da vítima e seus amigos, o capítulo acaba para começar uma narrativa da Kelsey indo tomar café e demorando séculos para descobrir qualquer coisa importante para o caso.
A Kelsey passa horas refletindo, indo passear na cidade e o seu passado e personalidade ficam sendo descritas por vários parágrafos e o caso que ela investiga fica um pouco de lado, talvez para nos mostrar porque ela dá importância em resolvê-lo, sendo uma jornalista e não uma detetive. Isso, ao invés de me fazer me ligar emocionalmente com a personagem, só me fazia querer pular os capítulos dela, já que eles meio que eram uma história à parte e não traziam uma informação nova sobre o caso sendo investigado.
Por mais que os livros de suspense e investigação sigam uma certa fórmula, dificilmente eu adivinho quem era o real culpado, mas em A Garota do Lago, achei que o autor fez uma artimanha para desviar a atenção que acabou me levando diretamente ao culpado desde o começo. Fiquei orgulhosa de ter adivinhado corretamente, rsrsrsrs.
Por fim, eu acho que este livro não tem uma trama muito mais elaborada que qualquer outro livro de suspense e investigação para estar há 26 semanas no top 3 dos livros mais vendidos de acordo com a VEJA, o que me leva a crer que ele só está na lista por causa do seu preço baixíssimo, que anda oscilando de R$9,00 à R$11,90 durante todas essas semanas. Penso isso porque quando o valor do livro O Homem de Giz (veja minha resenha sobre ele aqui no blog) caiu para R$20 e pouquinhos o livro entrou no top 3.
Você ja leu A Garota do Lago? Me conta o que você achou!
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ALERTA DE SPOILER
Eu queria comentar sobre uma coisa que não gostei nem um pouco que foi o machismo voltado à vítima, por vezes o autor quis jogar a culpa na vítima porque ela, de acordo com ele, ficava instigando os homens, flertando com eles e os levando a se apaixonar por ela, achei isso horrível, uma personagem mulher ainda diz "acho que ela nem sabia que fazia isso". Não gostei nada porque não pareceu uma opinião da personagem.
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