Olá leitores! No post anterior eu falei de livros tão bons que virei a noite lendo, então no post de hoje, vou falar sobre livros que achei tão ruins que abandonei. Vamos à lista?
Você Não É O Homem da Minha Vida, Alexandra Potter
Depois de ler tantos romances água com açúcar onde tudo é cor-de-rosa, eu vi o título desse livro e achei que seria refrescante mudar um pouco o estilo dos livros que estava lendo, a sinopse pareceu legal então embarquei na leitura.
Lucy conheceu Nate em Veneza, durante um intercâmbio, e os dois se apaixonaram perdidamente. Certos de que foram feitos um para o outro, eles se beijam ao pôr-do-sol sob a Ponte dos Suspiros, pois há uma lenda que diz que o casal que assim fizer ficará unido para sempre. O período do intercâmbio acaba, cada um volta para seus país de origem e perdem o contato.
Como é muito difícil esquecer um amor tão mágico, Lucy nunca conseguiu embarcar em outro relacionamento com sucesso, sempre pensando em Nate, até que o destino os une novamente dez anos depois, tempo demais para que tudo seja como era antes. Ambos amadureceram, criaram outros gostos, mudaram suas maneiras de pensar e agora Nate é só um embuste na vida de Lucy.
Até que o livro parece legal né? Mas nossa, é enrolado demais, demais mesmo. Lucy trabalha agora em uma galeria e tem uma chefe doida. O livro passa páginas e páginas e páginas descrevendo cenários em longos parágaros. O desenrolar da história não estava interessante e eu já estava começando a pular os parágrafos de descrição até que cheguei em uma parte que Lucy precisa entregar uns quadros e vai junto com os entregadores em um caminhão. Nossa que chato, Lucy vai conversando com o motorista, um diálogo bobo que nada tem a ver com a história principal. Quando eu vi que só esse diálogo durava três páginas e ainda tinham muitas páginas só nessa entrega de mercadoria, finalmente perdi a paciência e decidi passar para uma leitura que me desse mais prazer, nem pensei em ler o último capítulo só para saber a conclusão da história, de tanto que o livro nem desperta essa curiosidade em você, afinal, o título meio que já te diz o que vai acontecer.
A Luz Através da Janela, Lucinda Riley
Conheci a Lucinda Riley com o livro A Casa das Orquídeas e como eu amei demais a leitura, quis ler outros livros dela. Escolhi A Luz Através da Janela pois além de adorar a capa, a sinopse interessou. Quem diria que seria uma cópia barata de A Casa das Orquídeas.
Não sei dizer qual livro a autora escreveu primeiro, só sei que ela colocou os mesmos elementos nesses dois livros. Flashbacks, viagens exóticas, uma pessoa idosa que sabe o passado da jovem protagonista. A Luz Através da Janela até que começa interessante: uma senhora de 100 anos está se preparando para seu aniversário, ela teve uma vida feliz com muitos netos, família grande, mas ela tem um filho perdido que mesmo com tantos esforços ela não consegue encontrar. Ela sente em sua alma que seu filho se foi desse mundo então ela já não tem mais o que fazer aqui e desapega da vida também. Logo passamos para a narrativa da vida de outra personagem, herdeira de uma casa antiga. Ela conhece um idoso que sabe a história da casa, aí ela diz: "me conta a história, por favor, eu não sei de nada", aí o próximo parágrafo diz "LUGAR TAL, mil oitocentos e bolinhas". Isso para mim foi a gota d'água, já estava achando a narrativa sem criatividade, com muita coisa igualzinha ao livro anterior e além de tudo muito enrolado, aí vem esse parágrafo e perdi completamente a paciência. Senti que estava lendo um livro de uma autora que perdeu a criatividade, que não sabia o que escrever e tinha um contrato a cumprir então pegou um livro anterior e mudou os nomes dos personagens (continua abaixo).
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Eu não devia ter tentado ler outro livro da mesma autora em seguida, talvez se eu tivesse esperado um pouco, lido outros livros de outros temas, eu não teria essa opinião. Não sei qual é cópia do outro, mas achei A Luz Através da Janela tão chato, enfadonho, enrolado e sem criatividade que agora eu não consigo mais tentar ler nada da Lucinda Riley, sinto que se você já leu um, já leu todos.
Os Catadores de Conchas, Rosamund Pilcher
Depois de abandonar A Luz Através da Janela, eu fui até a biblioteca municipal da minha cidade para devolver A Casa das Orquídeas (eu tinha acabado de ler em um sábado à tarde e a biblioteca estaria fechada até segunda-feira) e a atendente disse "ahhh você leu este livro! Você gostou? Eu adorei!" ficamos comentando um pouco sobre o livro e ela me perguntou o que eu leria agora, disse à ela que iria procurar algo no acervo e comentei sobre a triste experiência com o outro livro da Lucinda, ela disse que pensou o mesmo que eu e me recomendou "Os Catadores de Conchas", disse que tinha mais ou menos o estilo da Lucinda, mas que era muito melhor. Decidi aderir à sugestão.
Este livro é tão grande quanto os livros da Lucinda Riley, na verdade até maior, com 632 páginas. Eu fico meio desconfiada de livros tão extensos pois eles podem ser muito oito ou oitenta: ou ser muito bom, ou ser enrolado demais para encher tantas páginas. Os Catadores de Conchas cai na segunda categoria, quanta linguiça! Temos vários personagens: três irmãos e uma mãe viúva e o livro descreve a vida de cada um deles. Uma irmã é casada com filhos, outra tem um estilo de vida menos convencional e durante o livro está namorando um cara menos convencional ainda que tem mais gente em sua vida. O irmão não é casado também e fala de ex, atual, amigos. Achei a narrativa tão chata que estava ficando difícil lembrar quem era quem e a cada pouco aparecia mais um nome, que talvez você nem precise se importar, mas que vai deixando o livro cada vez mais enrolado.
Os Catadores de Conchas é um quadro que o pai dos três irmãos pintou e que vale bastante dinheiro. Para falar a verdade eu nem sei qual é a premissa da história porque eu acho que li muito mais de 100 páginas e até então só tínhamos visto as vidas das irmãs, da mãe viúva e eu parei na metade da vida do irmão. Cada vez que a autora descrevia um cenário eu perdia um pouquinho a vontade de viver até que apareceu mais um nome que eu não consegui lembrar se já tinha aparecido antes e pensei "chegaaaa, a vida é muito curta para ler isso aqui", fechei o livro, devolvi para a biblioteca e não olhei para trás.
Menção Honrosa: Caçadora de Estrelas, Raiza Varella
Gente, esse livro foi um dos mais chatos que eu já li na vida. A mocinha é extremamente chata: mimada ao extremo, egoísta e tem idade mental de uma criança mimada de dois anos que está na fase do "tudo é meu". Toda vez que o livro descrevia um pensamento da mocinha eu ficava indignada e queria fechar o livro, mas eu quis tentar continuar, a capa do livro é tão linda, será que não melhora? Os capítulos são alternados entre dois narradores, a mocinha chata e o melhor amigo dela, que parece um moço bonzinho mas na verdade é um embuste, pois ele ama a chata e não tem coragem de dizer, então usa as outras mulheres para se satisfazer.
Este livro ganhou uma menção honrosa porque eu lutei bravamente e fui tentando ler aos poucos até chegar em uns 30% da leitura, até que não aguentei mais e li o último capítulo só para ver como aquela chatice toda acabaria, os livros acima nem tentei ver o final. Para falar a verdade, eu deveria ter abandonado este aqui também porque esse é muito mais chato que os outros acima, mas a questão é que a escrita da autora não é ruim, é que os personagens que ela criou são ruins. Você não consegue simpatizar com as personagens principais porque elas têm defeitos insuportáveis, prejudicam os outros, mas não são vilões incompreendidos. Ao ler o final, eu imagino que a autora quis começar o livro com a índole das personagens daquele jeito para que eles fossem amadurecendo e virando boas pessoas no final, mas não sei quantos leitores vão aguentar passar por cima de tanta chatice para ver qual era seu objetivo com o livro como um todo. Uma pena.
E você, já abandonou uma leitura? Me conta nos comentários! Abraços virtuais e até a próxima!
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Os Catadores de Conchas foi um dos melhores livros que já li!
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