Julianne Donaldson é mesmo uma autora admirável! Depois de ter ganhado tantos prêmios com Edenbrooke, um imaginaria que ela se sentiria compelida a escrever outro livro com a mesma fórmula, as mesmas características, mas ela foi muito além com Blackmoore. Em seu primeiro livro, a história é mais leve, mais fofa e, em Blackmoore, a autora explora bem mais as profundezas da alma da protagonista.
Kate, a mocinha, parece uma menina irritante num primeiro olhar, com sua insistência em que as pessoas não a chamem pelo antigo apelido e seu aparente desprezo por sua família. Você pode pensar que ela é apenas arrogante, mas logo entendemos suas motivações. Henry, o mocinho, é simplesmente aquele homem maravilhoso, protetor e fofo, com todas as características que gostamos em um protagonista de romance.
Blackmoore tem um romance intenso, Kate e Henry cresceram juntos e em algum momento de suas aventuras eles se apaixonaram, porém, eles não se atrevem a cruzar a fronteira da amizade, embora Henry flerte demais e mostra o tempo todo o quanto ele ama Kate, mas ela sabe de algo que a impede de deixar seu coração se abrir para ele.
A história começa com Kate se preparando para a tão sonhada visita à mansão Blackmoore, onde Henry e a irmã Sylvia, passavam seus verões e deixavam a amiga Kate para trás, já que ela não era permitida a visitar a casa. Kate sonhava com as aventuras, as passagens secretas, os fantasmas que os amigos viviam dizendo à ela que existiam em Blackmoore, achei até que a autora se inspirou no livro de Jane Austen, A Abadia de Northanger, para esta história, mas se os dois livros tem alguma similaridade, é só que Kate tinha muita vontade de viver aventuras em uma casa que ela achava ser cheia de mistérios, porque de resto, não tem nada a ver, não tem nada de gótico, nada de mistério envolvendo a casa, somente a imaginação fértil de crianças aventureiras.
A mãe de Kate é uma pessoa bem horrível: super interesseira, trai o marido, flerta com qualquer homem na cara dura e ensina suas filhas a fazerem armadilhas para os homens serem obrigados a casarem com elas. Kate odeia essa situação, morre de vergonha de sua mãe e tudo que ela quer é fugir dessa vida, por isso, ela fica encantada com o convite de sua tia para visitarem a Índia, seria uma ótima maneira de sair de perto das atrocidades da mãe e não estar por perto para ver seu amado Henry se casar com outra. Kate pretendia realizar o sonho de conhecer Blackmoore e partir com a tia em seguida, porém, sua mãe, ruim do jeito que é, proíbe a filha de realizar esses sonhos somente para castigá-la por ter recusado um pedido de casamento de um idoso rico. Henry, que não deseja mais nada do que realizar os sonhos de Kate, a ajuda a convencer a mãe, que, ruim do jeito que é, a permite com uma condição: que Kate receba e rejeite três pedidos de casamento.
Kate não tinha entendido muito bem o que isso representaria, estava tão desesperada para realizar seus sonho e se afastar de tudo aquilo que aceitou. Eu fiquei muito surpresa com o desenrolar da história, pois se você imaginava, como eu, que o livro giraria em torno só disso, se enganará como eu me enganei. Adorei o rumo que a história tomou.
Edenbrooke, o primeiro livro da autora, foi um livro que você poderia pegar uma caneca de cappuccino, uns biscoitinhos, sentar na sua poltrona favorita e ter uma experiência de leitura leve e fofa, era empolgante ver Philip mostrar que estava se apaixonando cada vez mais por Marianne, o livro foi emocionante, porém era uma leitura leve. Em Blackmoore, Julianne explorou mais a maldade dentro de algumas pessoas, o egoísmo, o cinismo, explorou a prisão que Kate sentia dentro de si, foi tão intenso que eu achei que em algum momento Kate iria pensar em se jogar de um penhasco, foi tão poética e verdadeira a forma como a autora nos explicava o que Kate sentia que até eu senti. Da mesma maneira, o amor que Henry sente por Kate é tão intenso que é quase palpável. Confesso que me senti lendo um livro de suspense em alguns momentos, de tantas surpresas que eu tive, de tanta que era a vontade de virar a página e ver o que estava por vir em seguida.
Eu tenho visto algumas resenhas negativas para Blackmoore, porque eu acredito que as pessoas esperavam ler um livro similar à Edenbrooke. Eu amei Edenbrooke e eu esperava em Blackmoore, um livro tão bom quanto, mas para minha surpresa, foi um livro ainda melhor! Eu gostei muito que a autora não se prendeu, porque ela escreveu um livro que para mim beira o genial! Edenbrooke tem um romance fofo, Blackmoore tem um romance intenso. Kate parece chatinha no começo mesmo, mas conforme você avança na leitura, você entende suas atitudes das primeiras páginas e eu super a compreendi e simpatizei com ela.
Em Blackmoore, Julianne Donaldson passa a intensidade dos sentimentos de seus personagens com maestria. Nossa, cada vez que Henry falava com Kate dava pra sentir seu amor por ela, eu sentia a vontade de Kate de jogar tudo pro alto e se deixar viver seu amor e sentia a luta que ela travava dentro de si para se segurar. Eu amei cada página, cada frase desse livro, assim que eu terminei a leitura já comecei a sentir saudades do livro e queria muito que a autora já tivesse mais livros para eu poder começar, aguardo ansiosa por um outro lançamento dela!
Eu recomendo muito a leitura de Blackmoore! Eu disse antes que o romance nele é mais intenso se comparado ao primeiro livro da autora, mas ele também é fofo. Henry faz de tudo para ver Kate sorrir, faz tudo por ela, para aproveitar cada pedacinho do seu amor enquanto pode! Leia Blackmoore, você vai se apaixonar!!
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